segunda-feira, 10 de setembro de 2007

CRÍTICO

Sob luas de sangue
a lágrima em sua cara
é brasa na toalha
de minha alma

Meu peito sinaliza
o ardor da morte
Seu peito é vala
de vida mole

E se nado
o mar sem fim
você se afoga
e afunda ilhas

Corrói-me o ácido
da sua fala líquida
anula minha língua
em pasta de silêncio.

Vicente Vitoriano

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Para Jean-Paul Mestas

Para Jean-Paul Mestas
Vichy , França

O planeta Terra
continua
girando
girando
girando...


Girando em sua trajetória
pelo espaço
infinito
infinito
infinito...

Ignoramos se ele segue
em direção a Deus.
Ou se afasta Dele
cada vez mais.
Feliz ?
Jamais !!!

Selmo Vasconcellos

sábado, 1 de setembro de 2007

CETIM LIGHT

Caso me espremas
derramo sangue
por frestas
do coração

Caso me afagues
deslizo
balas cetim ligth
no pensamento

Caso me fales
como estrelas
com gosto de chocolate

Caso me toques
acordo em flor
aberta pra vida

Ivy Gomide

RJ – novembro - 2006Direitos autorais, protegido por lei n° Pela lei nº 9610/98

Alucinação

Porque você passeia
por minhas idéias macias
é meu segredo, meu apelo
tingindo meus sonhos de vermelho

Caminhando na memória das imagens
no verso do meu sorriso branco
agonia pura, em parte insegura
encerrando uma existência
em seu abraço quente e terno
eterno despertar em seu regaço

Sonho permeado de distâncias
abrigo invisível em um deserto
de sol forte, escaldantee calores sufocantes
com meros e vis caminhantes

A letra cala o que os olhos falam
o silêncio opressivo do branco
o poema recheado de encanto
e enquanto eu perceber
que você estremece com minha rima
doce cativante e singela
te espero e te quero em minha alma...

Francis

Surrealismo

Lá vem a menina...
de negros cabelos
que sonha e caminha
por entre os elosda
sua própria dor.

Lá vem a menina...
trazendo, nos olhos,
beija- flor.
Por entre estrelas,
fascina:brilho que faísca
amor.

Lá vem a menina...

Não tão mais menina...
enganando o tempo,
de alma grande,
a pequenina adula,
com seu vôo, o vento...

Olhem! Lá vem a menina

Sueli Fajardo

Senhor do senhor

Santo Senhor do meu senhor,
o que me habita,
justo e homem pecador que sou,
filho do Homem santo,
enxuga a minha dor,
abafa o meu pranto,
dá-me fé, Senhor
e a vida dos homens santos
que pecam e acreditam
e que buscam tanto...
dá-me, Senhor,
o meu senhor perdido
neste esquisito instante
quando me falta a fé
e sobram-me
os pecados dos homens.

Paulino Vergetti Neto

Me Prendeste

Tão distante de mim amor
Aprisiona-me, me deixa aqui sem respirar
Da aquela ânsia no peito
Esta saudade que me prende
Deixa-me aqui tão só...

Queria neste momento
Ver teus murmúrios
Mas aqui tudo é tão sem cor
Da qual não posso escapar
Então me sujeito a minha dor...

Sinto-me perdido em você
Não me encontro no meu destino
Fico aqui só em desatino
Querendo escapar de mim
Esta agonia sem fim...

Queria agora estar ai contigo
Em teus lábios alimentar minha paixão
Em teu corpo desabafar minha solidão
Fugir deste martírio profundo
Esta perda de consciência que me cala a alma...

Despertaste-me a felicidade de viver
Sonho e acordo só em você
Me prendeu aos teus carinhos
Que prisão é esta que me condena
A distancia de te amar...

Este desespero me invade
Esta me levando a loucura
Liberta-me desta clausura
Sinto que morro aos poucos
Cerca-me teus lábios aos meus
Me traz a vida de volta...

Sady Mac